sexta-feira, 29 de abril de 2011

Jornal Estudantil do Colégio "Culto à Ciência" de Dezembro de 1951









Fonte - http://eptv.globo.com/blogs/promemoriacampinas/2010/m-4/

"CULTO À CIÊNCIA, CENTENÁRIO"

Maria Aparecida Mota de Aguiar
Cacilda Nunes Silvestre

Estudante do "Culto à Ciência",
Eia avante! saudemos de pé!
O Colégio, que é Centenário,
Templo vivo, do Amor e da Fé!

A herança que nós recebemos:
De um império de Luz e Saber!
Com Amor, Com Coragem e com Fé!
Nós juramos, juramos mantê-la de pé! [2X]

Empunhando a tua Bandeira
Buscaremos na Vida e na Glória!
E iremos até as estrelas
Pra manter o teu nome na História!

A herança que nós recebemos:
De um império de Luz e Saber!
Com Amor, com Coragem e com Fé!
Nós juramos, juramos, mantê-la de pé! [2X]

quinta-feira, 28 de abril de 2011

HINO DO COLÉGIO "CULTO À CIÊNCIA"

Versos - Nogueira Braga
Música - Sofia Helena


Sendo aluno do "Culto à Ciência"
Meu dever se resume no estudo.
Se o cumprir trago em paz a consciência,
Sou feliz e na vida isso é tudo.


Tu, meu "Culto à Ciência", és orgulho
Desta moça falange estudiosa.
A teus pés minhas flores debulho,
Tradição de Campinas gloriosa.


Deus te cubra de bençãos na vida
Aumentando o valor de teus brilhos,
Para glória da Pátria querida,
Para orgulho imortal de teus filhos.


Salve "Culto à Ciência", teu nome
Ontem, hoje, no tempo que passa
Só tem sido um brazão de renome
Na cultura geral de uma raça.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"UM POUCO DE HISTÓRIA"

De acordo com Affonso e Pinto (1986), em 13 de abril de 1873 foi inaugurado o Colégio Culto à Ciência, que começou a funcionar no mesmo ano. Por ocasião de sua inauguração, o então secretário da sociedade maçônica, o Dr. Manuel Ferraz de Campos Salles fez um discurso, salientando, entre outras coisas, a necessidade da “instrução popular”.

A escola deve seu nome à Sociedade Culto à Ciência, cujos membros, pertencentes à Comissão de Justiça da loja Maçônica Independência de Campinas, decidiram, no ano de 1869, pela criação de um estabelecimento de ensino leigo na cidade. O nome da escola é uma referência aos ideais positivistas, pois, para eles, a razão era o novo guia da humanidade e cultuar a ciência era o mesmo que cultuar a razão. Desde sua inauguração o colégio foi dirigido pelos maçons até a dissolução da Sociedade, passando para o poder público em 1892.

O primeiro surto de febre amarela em Campinas, em fevereiro de 1889, obrigou o Colégio a suspender suas atividades, que foram reiniciadas somente em julho daquele mesmo ano. Em 1890 as aulas foram reiniciadas em janeiro, mas, o funcionamento da escola foi novamente interrompido, pois a febre amarela, que tomou conta da cidade, ainda não tinha sido completamente debelada. Durante o ano da proclamação da República e no ano seguinte o Colégio não funcionou regularmente, voltando às suas atividades somente em 1891 quando a situação financeira da Sociedade Culto à Ciência estava abalada.

O Colégio sempre enfrentou dificuldades financeiras, sobretudo pelo grande número de alunos pobres que não tinham condições de pagar nem a taxa de matrícula e as prestações cobradas aos alunos serem irrisórias. A Sociedade, que havia idealizado o Colégio, estava mais preocupada, naquele momento de grave crise financeira dele, em assumir o governo da República. Nesse contexto foi realizada a última assembléia da Sociedade, em 24 de dezembro de 1892, na qual ficou decidido que todo seu patrimônio passaria para a municipalidade campineira, para fins únicos de instrução, como previa o artigo 43 de seus estatutos.

O prédio em que funcionava o antigo Colégio Culto à Ciência passou a pertencer ao Estado em 1894 e abrigou o Ginásio de Campinas conforme Lei nº 284, de 14 de março de 1895, instaurada pelo governador do Estado, Manoel Ferraz de Campos Salles. O Ginásio foi instalado e inaugurado em 04 de dezembro de 1896 e segundo o Anuário do Ensino do Estado de São Paulo (1907 e 1908), desde sua fundação até 1908, se bacharelaram no curso de Ciências e Letras apenas 32 alunos, devido às epidemias de febre amarela.

No ano de 1942 o ensino secundário foi dividido em dois ciclos: o primeiro, de quatro anos, formando o curso ginasial e o segundo, de três anos, compreendendo dois cursos paralelos: o clássico e o científico. Devido a esse acontecimento, o Ginásio de Campinas passou a denominar-se, em 09 de abril de 1942, Colégio Estadual de Campinas.

No dia 04 de dezembro de 1946, o Colégio comemorou cinquenta anos de existência como instituição oficial. Houve muitas comemorações nessa data e a Associação dos ex-alunos pleiteou a volta à denominação Culto à Ciência para o Colégio Estadual de Campinas.

O então governador, Dr. Ademar de Barros, entendendo que Campinas pretendia cultuar a ciência, assinou o decreto nº 17.306 em 17 de junho de 1947, alterando o nome do Colégio para Colégio Estadual José Bonifácio, considerando que José Bonifácio representava a homenagem que o corpo docente e toda a cidade de Campinas desejava prestar às ciências. Dessa forma, o Colégio levou o nome de “José Bonifácio” até o dia 1 de julho do mesmo ano, quando o decreto nº 17.350 entrou em vigor dando-lhe a denominação de Colégio Estadual Culto à Ciência.

A partir do ano de 1976 o colégio passou a oferecer apenas o segundo grau e o Sistema de Informações Educacionais da Secretaria de Estado da Educação indica que o decreto nº 8.761, de 12 de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 13 de outubro de 1976, alterou o nome da escola para Escola Estadual de Segundo Grau Professor Benedito Sampaio. O decreto nº 8.795, de 14 de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 15 de outubro de 1976, torna sem efeito o decreto anterior, voltando para a denominação de Escola Estadual de Segundo Grau Culto à Ciência.

Conforme resolução nº 12, de 01 de dezembro de 1992, publicada no Diário Oficial do Município de 24 de dezembro de 1992, o prédio do Colégio Culto à Ciência, situado à rua Culto à Ciência nº 422, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas – CONDEPACC. Atualmente a escola oferece Ensino Médio Regular.

REFERÊNCIAS
 
AFFONSO, C. M. L.; PINTO, M. N. Culto à Ciência: cento e treze anos a serviço da cultura. Campinas: Divulgação impressa, 1986.